Caríssimo Monsenhor Raimundo:
Depois de muito pensar sobre esta data tão especial que ora celebramos – coisa que vem de alguns meses atrás – quero deixar um testemunho em forma de homenagem neste dia duplamente jubilar: primeiro, pela data tão auspiciosa que o senhor celebra (73 anos!); segundo, pela sua presença na nossa comunidade paroquial, Acari, terra de Nossa Senhora da Guia.
Os bons testemunhos que a família, os parentes e os amigos dão a nosso respeito sempre tem autoridade, pois quem os dá, fala com conhecimento de causa. Hoje, nesta noite, faço uma revelação acerca do nosso vigário, coisa até então desconhecida por boa parte dos que aqui estão presentes. Pois bem: nos tempos de Seminário, o Monsenhor Raimundo recebeu dos colegas o apelido de DIVINO! Nunca um adjetivo foi tão bem utilizado para definir sua pessoa, pois neste homem de Deus, de gestos mansos e olhar que divisa as coisas santas, sempre percebendo o bem e a bondade que existe em cada pessoa, encontramos alguém que se relaciona com o DIVINO; que vive, na simplicidade e nas circunstâncias de sua vida consagrada, o DIVINO; que celebra as coisas santas com a firme convicção de que o DIVINO está presente na Igreja, atuando, suscitando dons e carismas.
Monsenhor Raimundo não é somente alguém a quem chamaram de DIVINO: é alguém que reconhece o DIVINO que está nas outras pessoas, trabalhando como Bom Pastor para que todas as pessoas assim vivam: como filhas e filhos de Deus responsáveis por amar e testemunhar Nosso Senhor. Nisso consiste a sua alegria.
Celebrar esta data tão significativa também é razão de muita alegria. Os motivos para agradecer são muitos, e são deveras necessários. Cada momento da sua vida foi uma conquista e foi prova da predileção que Deus tem pelo Senhor, sempre o amparando e fortalecendo nos momentos difíceis e austeros. Acho que isso lembra bem o que diz o Salmista: “Com Deus faremos proezas!”
Meu caro Monsenhor: sou muito grato a Deus por poder participar da sua vida nestes últimos doze anos. Sinto-me um aprendiz realizado e isso podem dizer todas as pessoas que convivem com o Senhor, que sentem a sua generosidade, humildade e fervor apostólico – autênticos!!!. Sua vida é superação. Seu sacerdócio é doação. Seu carisma é ser irmão, um irmão mais vivido, mais experiente, que tem sempre uma palavra boa, mansa...
Por fim, caro Monsenhor, prestei muita atenção ao que o senhor nos disse: “D. Jaime me deu um presente, quando mandou-me para Acari”. Atrevo-me a dizer que dessa vez o senhor se enganou, pois nós é que fomos presenteados: nós recebemos um grande dom – um padre santo! E rezamos hoje, diante de Nossa Senhora da Guia, nossa padroeira, de quem sois dileto filho, pedindo pela sua vida e pela sua missão, para que os seus dias sejam multiplicados segundo a vontade de Deus para que possas fazer o bem a todos nós, a cada paroquiano, a cada amigo, a cada criança ou simplesmente a cada transeunte que o vê passar pelas ruas do nosso Acari, quando muitos ainda dormem, rezando o Terço... E as pessoas vêem o homem, o cidadão, o sacerdote, ou o DIVINO!
Parabéns, de todo coração, de todos que fazem a Paróquia de Nossa Senhora da Guia!
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